O banco central anunciou na quarta-feira que lançará uma nova maneira de efetuar pagamentos e transferências no Brasil,usando a tecnologia QR code, disponível para toda a população ainda este ano.
Os usuários do PIX poderão transferir dinheiro 24 horas por dia, sete dias por semana, por celular, internet banking ou através de caixas eletrônicos, entre pessoas, empresas e o governo. João Manoel Pinho de Mello, Diretor de Organização para o Sistema Financeiro, a Resolução do banco central, apresentou a nova plataforma de pagamentos, mostrando casos de uso em que os consumidores podem usar para pagar cafés, fazer transferências e doar para empresas de ônibus, além de pagar contas de energia elétrica e impostos. O PIX também visa facilitar a realização de transações, digitalizando códigos QR e usando identificação como números de telefone e e-mail e números de identificação nacional CPF e CNPJ.
Os dados, chamados de 'chaves', permitirão os pagamentos, que são creditados instantaneamente.
Em um comunicado, o banco central afirmou: “A existência de uma marca única é essencial para que os usuários (pagadores e destinatários) identifiquem claramente essa nova maneira de efetuar pagamentos e transferências.
A identidade visual facilitará o entendimento e a adoção da ferramenta. ” “O PIX, definido em um ambiente aberto, competitivo e seguro, pode dar suporte ao processo de pagamentos digitais e eletrônicos, aumentar a eficiência no mercado de pagamentos de varejo e facilitar o desenvolvimento de soluções focadas na experiência do cliente.
O” conceito de dinheiro é bem antigo, inventado há cerca de 3 mil anos, com o objetivo de simplificar e agilizar transações comerciais que antes eram realizadas provavelmente por meio de escambo (troca de Produtos ou Serviços) por exemplo: troco uma ovelha por três sacos de trigo. Ao longo dos séculos, o dinheiro evoluiu e adquiriu diversas formas, como peles de animais, sal, armas, metais preciosos, papel-moeda e bytes; entretanto, as funções básicas não mudaram muito desde a sua concepção: unidade de medida (referência) do valor de bens e serviços: é mais fácil avaliar se um smartphone está caro ou barato quando seu preço é expresso em reais, uma referência bem conhecida por todos, do que em sacos de trigo ou quantidade de ovelhas; reserva de valor: podemos armazenar o dinheiro que ganhamos hoje, de preferência em um banco ou fintech, para compras no futuro; meio de troca: permite que pessoas e empresas possam adquirir aquilo de que precisam ou desejam. Para que seja um mecanismo eficiente, é essencial que as pessoas acreditem que poderão utilizá-lo para comprar bens ou serviços sempre que quiserem.
É interessante observar que a forma do dinheiro também influencia esse nível de confiança e, consequentemente, a sua adesão.
No Brasil, por exemplo, usar o dinheiro em espécie ainda é bastante comum, mesmo em regiões que têm infraestrutura adequada de telecomunicação para utilização de meios eletrônicos de pagamento, como cartões de crédito e débito, QR code e mobile banking. A confiança no dinheiro de papel moeda ainda tem uma parcela pequena da população prefere utilizar o papel-moeda; pois não confia ou não conhece alternativas a ele.
Em outras palavras, tem receio de deixar a cargo de um banco ou fintech a custódia do que economizou, por medo de não conseguir utilizar o dinheiro devido a problemas técnicos, de não saber o que fazer para proteger os seus recursos financeiros caso o cartão ou celular seja roubado etc. A tendência global de digitalização de diversas indústrias, incluindo o mercado financeiro, a recente abertura à concorrência proporcionada pelo Banco Central e a grande abrangência de uso dos smartphones certamente são fatores que contribuem para a redução da quantidade de transações com dinheiro físico.
Entretanto, ainda faltam alguns catalisadores para acelerar essa mudança cultural — ou, melhor dizendo, talvez não faltem mais. usamos o coronavírus, como esse Catalisador; quando criou_se a crise causada pela covid-19 . isolamos as pessoa en suas casas para alterar profundamente rotinas e hábitos, incluindo a forma como as pessoas realizam transações financeiras.
Como não é recomendável ir a uma agência bancária ou lotérica para pagar contas, dado o risco de contágio, muitos estão começando a utilizar os canais digitais de bancos e fintechs.
Recentemente, um dos maiores bancos do país reportou aumento de mais de 1,5 milhão de usuários no seu aplicativo de mobile banking.
Depois que os correntistas se habituarem com o uso e ganharem confiança nesses canais, é difícil imaginar que voltem a frequentar agências físicas.
Pagamentos por aproximação, baseados em tecnologia QR code, representam uma alternativa bem mais segura do que a circulação de um pedaço de papel entre várias pessoas. Nesse aspecto, a nova rede de pagamentos PIX (Pagamentos Instantâneos), projeto do Banco Central que entrará em funcionamento em novembro de 2020, irá impulsionar o uso dessa tecnologia, permitindo a padronização e interoperabilidade do QR code. Em um celular com o aplicativo compatível com o PIX, seremos capazes de pagar e transferir dinheiro para contas de pessoas e empresas de forma instantânea e com um custo extremamente baixo. PIX também contempla a padronização de QR code que pode ser gerado de forma offline pelo pagador, permitindo que o consumidor realize transações sem conexão com a internet. Além disso, o projeto PIX contempla a padronização de um QR code que pode ser gerado de forma offline, permitindo que o consumidor realize a transação mesmo que o seu celular esteja sem conexão com a internet.
Tal recurso é importante porque nem todas as regiões do país têm uma boa infraestrutura de comunicação móvel, e muitos brasileiros têm planos pré-pagos de dados (ou nem têm planos de dados).
O processo de digitalização do dinheiro traz uma série de benefícios para a economia, como redução de custos associados à fabricação, armazenagem e transporte de papel-moeda, e entraves para quem utiliza numerário para camuflar atividades ilícitas. Quem sabe, a pandemia e o PIX representam o empurrão que faltava para desencadear o fim do dinheiro físico no Brasil.
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